Um filme de animação que ousou destronar os filmes da Disney dos topos da tabela, e que curiosamente tinha também um rato como protagonista. Fievel um Conto Americano é uma bela história animada e conquistou o público e a crítica numa altura em que todos estavam habituados a ver qualidade somente nas produções da casa do Walt Disney.
A produtora de Steven Spielberg (Amblin Entertainement) junta-se à Universal e lança o filme criado por David Kirshner que relatava a história de um jovem rato que viaja da Rússia até os Estados Unidos. Fievel an American Tail (Fievel um Conto Americano em Portugal e Fievel um Sonho Americano no Brasil) surpreendeu pela qualidade da animação e da história apresentada, conseguindo o condão de ultrapassar um filme da Disney na bilheteira dos cinemas (curiosamente também com um rato a estrelar, o Rato Basílio – o grande mestre dos detectives), a primeira vez que isso aconteceu e conseguindo também nomeações para os Óscares e Globos de Ouro.
Lançado em 1986, teve argumento de Judy Freudberger e Tony Geiss com música de James Horner (que foi depois nomeada para um óscar), e com vozes como a de Dom Deluise a abrilhantar o elenco, Fievel foi um sucesso estrondoso tendo estreado por cá no Natal de 1987 e com a K7 VHS de dobragem Brasileira a ser vendida nos anos seguintes até que estreou na RTP na sua versão original com legendas em Português.
De aspecto fofucho e vivaço, Fievel tinha um ar bastante expressivo com os seus olhos grandes e roupa ainda maior que lhe assentava de uma forma desajeitada mas ao mesmo tempo lhe dava um ar ternurento. De forma a escaparem da perseguição dos gatos, os Ratoskewitzes (uma família de ascendência Russa-Judaica) decide então imigrar da Rússia para os Estados Unidos e o Oeste desse país, acreditando que aí não existem gatos.
Uma tempestade no navio que seguiam faz a família separar-se de Fievel, que faz com que eles desembarquem no velho oeste mas o nosso pequeno herói vá parar a Nova York dentro de uma garrafa e é ajudado pelo pombo Henri, de origem Francesa. Como outros filmes da altura, os animais são as estrelas da companhia com ratos, gatos, pássaros e cães a serem personagens quase humanas devido ao seu modo antropomórfico. Encontra ratos bons e maus, gatos mauzões e um cão que o ajuda a procurar a família, tudo com umas quantas músicas (ao bom estilo Disney) que eram bem bonitas e ajudaram ao sucesso da película.
Never say Never e em especial a nomeada para Óscar Somewhere out there eram de uma beleza quer na letra quer na música que podiam competir taco a taco com as dos filmes da Disney, e foi por isso normal que o filme fosse um êxito e que originasse várias sequelas, uma no cinema e outras duas directamente para vídeo.
Não fiquei fã da versão Brasileira quando vi este filme pela primeira vez em VHS, mas quando vi no Natal de 1991 a versão Original, gostei bastante e acho um filme bastante interessante.