Tom Cruise é sem sombra de dúvidas uma das maiores estrelas dos anos 80, e muitos dos seus filmes nesta década tinham algo em comum, era um jovem aprendiz com vontade de vencer, e no filme Cocktail também foi esta a fórmula utilizada.
Cocktail apareceu no final dos anos 80, em 1988, realizado por Roger Donaldson e com Tom Cruise a estrelar uma história retirada de um livro com o mesmo nome. Um filme com uma banda sonora interessante, serão poucos os que viram Cocktail e que de cada vez que ouvem “Kokomo” dos Beach Boys, não lhes venha logo à cabeça esta película, ou que não se recordem da cena de Tom Cruise a fazer todos num bar cantar o “Addicted to Love”.
Cocktail faz parte daqueles filmes de Cruise onde o mesmo é um jovem aprendiz, desejoso de alcançar o êxito e que conta com a ajuda de um mentor mais velho que se torna um bom amigo dele. Neste caso o actor Bryan Brown como Doug Coughlin, e ainda tínhamos a Elizabeth Shue como interesse romântico de Cruise, algo que nunca podia faltar num filme dele.
Brian Flannagan (Cruise) era um jovem com um sonho, ficar rico rapidamente, e vai estudar gestão ao mesmo tempo que trabalha num bar, ouvindo os conselhos de Coughlin. De um tremendo desajeitado, Flannagan vai ganhando o jeito e o seu carisma natural vai conquistando todos, especialmente os elementos do sexo feminino.
A dupla vai chamando a atenção de todos e rapidamente são contratados para um bar importante, enquanto que cá fora vão desenvolvendo uma amizade e Coughlin assume um papel de mentor mesmo fora do bar, até que um dia tudo corre mal, envolvem-se numa luta e Flannagan vai para a Jamaica, tentar ganhar dinheiro para abrir o seu próprio bar, o Cocktail e Dreams.
Por lá conhece e apaixona-se por Jordan Mooney (Shue), para além de se reencontrar e fazer as pazes com o seu amigo, que apesar de casado com uma mulher linda, passa um mau momento na sua vida. Brian trai Shue e começa a sair com uma mulher rica apenas por causa do dinheiro desta, voltando para Nova Yorque, mas a coisa não corre bem e ele quer voltar para Jordan. Filme vai passando por umas peripécias, e após a morte do seu mentor, Brian endireita-se, junta-se a Jordan e no final do filme vemos como conseguiu abrir o seu próprio espaço.
É considerado um dos piores filmes mais agradáveis de se ver, e não foge muito à verdade, é um filme fraco mas bastante divertido de se ver, tem momentos interessantes e o carisma de Cruise brilha de forma intensa em alguns momentos. Lembro-me de ter gravado isto e colocado a capa da TV Guia, uma prova forte de gostar de um filme naquela altura. Ainda hoje se estiver a dar na TV, de certeza que irei dar uma olhadela.