Era um dos meus jogos preferidos, talvez por ser uma das melhores coisas para se fazer numa aula de matemática, os cadernos com folhas quadriculadas eram a ferramenta ideal para se fazer uma jogatana de Batalha Naval.
As regras e os elementos que compunham o jogo eram simples, fazia-se duas grelha de 10×10 (uma de ataque e uma de defesa), identificando a linha superior com letras, enquanto que na lateral seriam números a serem usados. Depois distribuía-se pequenos quadrados que seriam como Navios, e que o jogador adversário teria que tentar acertar com palpites do género “b-7” que podiam receber como resposta “água” “navio em questão” e o malfadado “afundaste”.
Tínhamos direito a quatro navios só com 1 quadrado (vulgo submarino), três navios de 2 quadrados, dois de 3 quadrados, um de 4 quadrados e um porta aviões, com 5 quadrados a perfazerem um T. Haviam variantes em relação ao número de navios usados, mas esta era a mais comum. No Brasil faziam-se 2 grelhas 15×15 com mais navios por lá.
Os “navios” não podiam estar pegados, se bem que não evitava que batoteiros (como eu) fossem mudando alguns de lugar enquanto era humanamente possível. Os submarinos eram ideais para isso.
Era jogado por 2 pessoas e demorava ainda algum tempo. O “tabuleiro” era feito por nós, ou então usava-se cartões como o da imagem que eram dados em ocasiões como as eleições na escola por exemplo. Havia alguns que tinham um jogo em casa, onde se colocava pequenos barcos nuns aros com buracos. Tenho boas recordações deste jogo que era bem divertido e que até obrigava a alguma estratégia.