Continuando pelo futebol dos anos 90, hoje falo daquele que é considerado o melhor árbitro de sempre, Pierluigi Collina.
Pierluigi Collina nasceu a 13 de Fevereiro de 1960, em Bolonha, Itália, começando a sua incursão pelo mundo de futebol como defesa central, sendo convencido a experimentar o papel de árbitro em 1977, revelando desde logo um talento nato para esse lugar.
Formou-se em Economia, e na arbitragem foi escalando rapidamente os diversos escalões do futebol, e no começo da década de 90 já apitava jogos na Série B e Série A. Foi também nessa altura que perdeu todo o seu pêlo facial, o que fez com que ganhasse a alcunha de Kojak, e ganhasse também um ar ainda mais ameaçador.
Aliás ele rapidamente virou uma estrela, sobressaindo mais do que os jogadores, devido a essa aparência física, em conjunto com a sua expressão facial, que fazia tremer qualquer um. Em 1995 já era uma presença constante na Série A, e começou também a ser internacional, fazendo parte dos quadros da FIFA.
Arbitrou vários jogos nos jogos olímpicos de 1996, incluindo a final, entre a Nigéria e Argentina, e começou a ser também uma figura de destaque nas competições europeias de clubes. Em 1999 é o escolhido para a final da Liga dos Campeões, entre o Bayern Munique e o Manchester United.
Nos anos 90 se falássemos de árbitros, falávamos obrigatoriamente de Colinna. Até em Portugal ele era sobejamente conhecido, apreciado e motivo de conversa de café, como se fosse um jogador de um grande clube europeu. Todos apreciavam a sua rigidez, o seu olhar fulminante e até o seu sorriso, que aparecia de tempos em tempos.
Em 2002 é premiado com a sua escolha para árbitro da final do Mundial, com a grande final entre o Brasil e a Alemanha. Um prémio mais que merecido, até porque se aproximava a idade da reforma, o que veio a acontecer em 2005. Antes disso ainda apitou a final da Taça Uefa, entre o Valência e o Marselha, e o seu último jogo internacional foi no nosso país, num jogo de apuramento para o Mundial de 2006, entre Portugal e Eslováquia.
A federação italiana decidiu prolongar a idade obrigatória para a reforma, de modo a que este pudesse continuar a apitar jogos na Série A. O problema foi quando a federação acho que o contrato feito entre Coliina e a Opel, para uns anúncios, entravam em conflito pelo facto destes serem patrocinadores do Milão. Isso fez com que fosse ele a pedir reforma antecipada, e abandonar assim os relvados.
O seu último jogo foi para a qualificação para a liga dos campeões, entre o Everton e o Villareal. Continuou a aparecer em anúncios televisivos e jogos de caridade, e por incrível que pareça apareceu na capa de jogos de consola, algo reservado só para jogadores. Foi no Pro Evolution Soccer 4 e 5, mesmo que aparecesse rodeado de outros jogadores, não deixava de ser um feito considerável.
Deixou o seu nome na história do futebol, sendo árbitro do ano na FIFA de 98 a 2003, e em Itália em 1997, 98, 2000, e de 2002 a 2004. Uma figura incontornável de todos os que apreciam futebol.