Ainda sou do tempo em que podia encontrar uma máquina arcade numa galeria comercial, e uma das que mais sinto saudades era a que permitia jogar o Super Hang-On. Encontrei dois modelos de mota, uma grande muito parecida com a do jogo (que se encontrava na galeria perto da escola Pereira Coutinho em Cascais), e outra numa mota mais pequena que se encontrava em diversos sítios com um ecrã muito saliente.
Gastei muita moeda de 25 escudos nesta máquina, e por isso fiquei muito contente quando tive este jogo para o Mega Drive, foi um dos jogos que mais joguei quer no modo arcade (com as suas músicas monótonas mas viciantes), quer no modo carreira onde podíamos ir comprando peças novas para a mota e novos técnicos que a iriam melhorar.
O jogo foi criado para arcade em 1987 e 2 anos mais tarde foi lançado para versões caseiras sendo que a feita para a consola da Sega foi uma das mais apreciadas pelo pessoal.
O modo arcade era muito semelhante às máquinas, 4 pistas que se encontram nos 4 Continentes e têm pistas baseadas em particularidades desses Continentes. O de África era o mais pequeno, 6 etapas, que nos levavam a passear através de um deserto Africano ao longo do dia e pela noite dentro, enquanto que o da Europa era o mais complicado com 18 etapas por completar.
Como nas máquinas, a maior preocupação era com o limite do tempo e podíamos usar o botão Turbo, que levava a mota a atingir os 324 km/h e assim chegar à meta da etapa mais rapidamente. Era também o típico jogo em que nos curvávamos para “ajudar” nas curvas da pista e que nos dava muitos nervos para conseguirmos chegar ao fim das etapas todas. O modo carreira era menos stressante, não havia preocupações com o limite do tempo mas somente com um rival que tínhamos que vencer mesmo sem usar o turbo que só podia ser usado quando se comprasse um novo motor.
Numa altura que não existiam saves, era por intermédio de uma password alfa-numérica de 28 caracteres que podíamos voltar ao nível onde tínhamos ficado (exemplo: 1FF3F536F21424 FFIMFJ9G9DMFRR) e assim continuar com as novas peças que comprámos ao longo do jogo ou com os novos técnicos que havíamos contratado. Era um jogo com vida muito longa, tentávamos sempre bater os nossos próprios recordes e por isso nem nos importávamos de ouvir aquelas músicas eternamente.
2 Comments
Esse jogo tem história para mim! Há mais de 20 anos eu fazia a minha peregrinação ao Bairro Alto quase todos os dias (noites) e depois de beber umas cervejas com brandy mel, ia para uma tasca que tinha uma máquina com este jogo. Aí joguei ao despique várias vezes com a Xana dos Rádio Macau, que também era viciada nisto.
O problema era mesmo o "Insert coin"…
😀
Abraço
ahahah era mais dinheiro na máquina do que na cerveja 😀