A Pantera Cor de Rosa é daqueles desenhos animados imortais, há-de estar presente para diversas gerações e ter sempre piada todas as vezes que a vemos. Já teve diversas versões, mas a clássica continua a ser a preferida de todos e a que realmente tem mais qualidade.
A personagem apareceu pela primeira vez no genérico inicial e final dos filmes de comédia com o mesmo nome, protagonizados por Peter Sellers e realizados por Blake Edwards, e com o sucesso que teve e a aceitação do público, rapidamente se produziu uma curta de animação que teve ainda mais sucesso perante o público e a crítica.
A produtora Depatie-Freleng e a United Artists lançaram em 1964 a curta The Pink Pink que conseguiu o feito de vencer o Óscar da academia, a primeira vez que um estúdio conseguia isso com a sua primeira curta realizada. A música de Henry Mancini acompanhou as 124 curtas da personagem e tornou-se algo tão importante como a própria personagem, não há ninguém que não reconheça imediatamente os acordes dessa música.
A RTP começou a transmitir isto na década de 70, e foi presença constante no canal na década seguinte, em especial nos programas de Vasco Granja, e foi assim que tomei contacto com a personagem e que fiquei apaixonado por ela.
Muito me divertia com as expressões faciais da Pantera, com as suas artimanhas que entalavam o divertido inspector Closeau e que o deixavam sempre furioso. Nem era preciso falar para aquilo ter piada, a personagem muda tinha tanto carisma e aquilo era tão divertido que palavras só podiam era estragar e não melhorar a coisa.
Em 1969 a NBC começou a transmitir um desenho animado aos Sábados de manhã, com a particularidade deste ser emitido com gargalhadas enlatadas, que tentavam assim realçar as situações engraçadas do programa.
Ela continuou regularmente nos ecrãs de TV e de cinema até o começo da década de 80, onde depois ficou dependente de repetições ou de spin offs (como o caso do desenho animado onde entrava com os seus filhos em 1984), mas nem por isso ficou longe da admiração do público. Na década de 90 existiram umas novas tentativas de produzir novos desenhos animados, mas nunca com o mesmo sucesso da suas versões anteriores.
Por cá a SIC voltou a apostar nestas mesmas versões em 1994, e que voltou a ter algum sucesso, para além de ser sempre uma presença constante em merchandising. Nos anos 80 havia desde as cadernetas de cromos aos cadernos escolares, das mochilas aos bonecos PVC, até me lembro do sucesso que foi quando os Ovos Kinder deram várias versões do boneco da Pantera cor de Rosa.
Ainda hoje vejo isto com alguma atenção e me divirto com as tropelias da personagem. Um clássico intemporal sem sombra de dúvidas.
3 Comments
Tenho ZON e o Boomerang no ano passado chegou a emitir uma série mais recente, que dá pelo nome de "Pink Panther and Pals".
Mas como o senhor pode ter MEO ou outro, e que não tem Boomerang, fique a saber que quando o jornal Público editou certos episódios desta série em DVD no ano passado.
A SIC vai passar o especial de Natal.
Enfim, sou mais dado a ver remakes… eu raramente vejo o original…
Já apanhei o Pink e Pals (tenho ZON) mas não achei nada de especial. E comprei o que saiu com o público (a original) que valeu bem a pena.
Eu também os vejo, posso é não gostar sempre dos remakes
Tenho os 133 episódios originais. Nonsense e surrealismo absolutos, desde o sacar de uma fechadura do bolso (sim, fechadura!) para colocar numa porta, passando por chover dentro do guarda chuva e não fora até apagar uma lampâda com um sopro (como se de uma vela se tratasse). Lindo e intemporal. 🙂