Um dos filmes que marcou a década de 90 e que elevou Sharon Stone como símbolo sexual do cinema, Instinto Fatal foi uma daquelas películas que dependia do sexo, e foi isso que chamou a atenção de todos e fez com que fosse um dos mais lucrativos e vistos da altura.
Basic Instinct (Instinto Fatal em Portugal e Instinto Selvagem no Brasil) foi um thriller erótico de 1992, realizado por Paul Verhoeven e com Sharon Stone e Michael Douglas nos principais papéis. Já tínhamos visto Douglas num filme carregado de erotismo, curiosamente também com fatal no seu nome, mas Sharon Stone era ainda relativamente desconhecida, mas um descruzar de pernas fez com que isso chegasse ao fim.
O filme tinha cenas com elevado nível de sexualidade e também com bastante violência, criando alguma polémica por isso mesmo e também pelo retrato que fazia de pessoas bisexuais, ou pelo menos algumas associações assim acharam. Muitos acharam que o final deixou no ar que afinal a culpada era mesmo aquela que todos achavam ser, mas isto pode ter sido apenas para deixar esse ideia no ar. e é essa parte dúbia que perdura durante toda a história.
O detective Nick Curran (Douglas) é uma pessoa algo perturbada, e que é afectado pelo caso em que investiga Catherine Tramell (Stone), uma suspeita de assassínio que gosta de jogar com a cabeça das pessoas. É ajudado pelo seu colega Gus (George Dzunda que é aqui o típico sidekick cómico) e uma ex paixão, a Dra. Beth (Jeannie Tripplehorn) com a qual protagoniza uma das cenas sexuais mais intensas do filme.
Entre o jogo psicológico e sexual de Tramell, há uma cena que entra para a história do cinema, quando está a ser interrogada na esquadra e decide fazer um descruzar de pernas que acaba por mostrar a sua vagina. Numa entrevista, Stone afirmou que não sabia estar a ser filmada desse ângulo, descobrindo isso num visionamento do filme, que a fez depois esbofetear o realizador e sair da sala.
Apesar de algumas falhas, acaba por ser uma história interessante, os jogos psicológicos são intensos e a violência e sexo ao longo de tudo acaba por deixar todos presos ao ecrã.