Tenho boas memórias de infância, devido a ter jogado muito isto com a minha Mãe. O jogo do Galo era um dos mais populares entre os mais novos, enquanto não sabíamos bem os truques para poder vencer logo e os jogos não acabavam sempre em empate, como acontecia ao envelhecermos.
O jogo era extremamente simples, numa folha de papel iria-se desenhar 4 linhas, 2 na vertical e 2 na horizontal de modo a formar uma espécie de tabuleiro 3×3, onde ficariam assim 9 quadrados para podermos jogar. Um jogador iria escolher o X e outro o O, e tentariam fazer uma linha completa, na diagonal, horizontal ou vertical. Tínhamos que ter em atenção o adversário e ir impedindo que este fizesse o mesmo, nem que para isso tivéssemos que sacrificar a jogada que tínhamos em mente.
O conceito do jogo remonta até ao antigo Egipto, segundo alguns historiadores, provando que para além de boa diversão era algo que servia também para exercitar a mente. Afinal tínhamos que perceber a melhor combinação, entre as milhares possíveis. para levar a nossa avante e não deixarmos o nosso adversário conquistar a vitória.
A dada altura lembro-me de existirem uns brindes. uns pequenos quadrados azuis, ou brancos, com buracos nas extremidades da tabela 3×3 que apresentava, onde poderíamos colocar uns pequenos pins brancos e vermelhos e jogar como fazíamos no papel.
Última foto da colecção pessoal de Ana Trindade